Chamamos os enfermeiros, mas ninguém quis nos medicar, como não temos nada a perder, resolvemos fazer o trabalho...
Não obstante da última aula de jogos, tínhamos de criar uma cena envolvendo 3 regras. Estou me incomodando já pelo fato de não conseguir administrar tantas regras em cena. Vai ser a minha missão daqui em diante. Preciso conseguir fazer as regras acontecerem.
O ideal seria mudar os grupos da aula passada. Dessa vez contracenei nos improviso com outros três talentosíssimos colegas. Somos bem loucos. Em cena não poderia ser diferente.
Nossa estrutura de cena:
QUEM: 4 deficientes mentais.
ONDE: Internados no hospício.
O QUÊ: Se automedicando.
As Regras:
1ª - Explorar
2ª - Quando alguém desmaiar, os outros não podem deixá-lo cair no chão.
3ª - Quando cada um terminar de falar, deve fazer o seu tique característico do personagem.
Preciso salientar uma situação que me perturbou bastante: meu grupo deu uma atenção especial na construção da cena, como começaria, como aconteceria, como finalizaria. Isso me perturbou porque o jogo é de improviso, logo, quando tentamos criar a cena, não improvisamos totalmente. Contudo, para nossa surpresa, a cena perdeu seu equilíbrio racionalizado e fomos tomados pelo que estávamos representando.
A tríade ficou muito bem explícita. Eu era esquizofrênico. Conseguimos cumprir o nosso papel com bastante autenticidade. Todavia, apenas uma regra foi obedecida, a 3ª. Até desmaiei, mas nos atentamos aos outros aspectos. Deveras! A cena começou a pegar fogo! Nós quatro absorvemos a mesma energia que foi nos consumindo e essa energia fluente na cena nos levou a mandá-la de volta para sua origem.
Apesar de, aparentemente, o resultado ter sido satisfatório, saio com uma consigna: o fato de não conseguir administrar tantas regras no palco. Na outra cena, "FUGINDO DO PRESÍDIO PELO BUEIRO", também deixei à desejar por uma regra, no entanto, é lícito afirmar que ela poderia comprometer a estética do que estávamos encenando.
Compartilho com vocês a cena desta última aula de jogos teatrais.
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