sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO "INTRATEATRO"

"...dá ao teatro outras finalidades, de sorte que o não-ator faça terapia e teatro e o ator faça teatro e terapia."


DADOS DO PROJETO

Título

Intrateatro: procedimentos cênicos aplicados à Arteterapia. 

Palavras-chave

01. Teatro Performativo   02. Teatro Autobiográfico   03. Não-atores   04. Criação Cênica   05. Psicoterapia

Equipe

Profª Msc. Glícia Conceição Manso Paganotto - Coordenadora do curso de Arteterapia do Instituto Fênix de Ensino e Pesquisa
Currículo Lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4233512H0

Profª Drª Rejane Kasting Arruda - Coordenadora do curso de Artes Cênicas da Universidade de Vila Velha. 
Currículo Lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=k4221166y3

Allan Maykson Longui de Araujo - Pesquisador/mediador do Intrateatro e discente da graduação em Artes Cênicas e da pós-graduação em Arteterapia.
Currículo Lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=k8044872z0 

Resumo do Projeto de Pesquisa

Investiga-se nesse estudo o potencial de procedimentos cênicos num contexto arteterapêutico sob a hipótese de que a confluência dessas duas áreas do conhecimento implica, para o experienciante, o contato integral com seus aspectos mentais, físicos, sociais e espirituais, incitando movimentos de voltar-se para si (introspecção) e externar suas potencialidades, ressignificar conteúdos inconscientes e tornar-se protagonista de sua própria história (extroversão). Será utilizado para a obtenção dos resultados pretendidos o método empírico, em prática laboratorial e oficinas de vivências com grupos de atores e não-atores em ambientes acadêmicos e não-acadêmicos, com a finalidade de experimentação da hipótese e criação de performances autobiográficas, e por derradeiro a elaboração de um artigo científico e a produção de um espetáculo de "cenas performáticas", de forma a demonstrar os objetivos alcançados através da presente instrução. 

Justificativa 


A presente pesquisa parte de inquietações gestadas gradativamente no decorrer de outras formações anteriores às Artes Cênicas, como a Arteterapia.  Nos deparamos com condições férteis e potentes de integração dessas duas  linguagens, acreditando na possibilidade de desenvolver um projeto interdisciplinar que não se limita apenas no exercício e no pensar cênico, mas que também contribua para futuras investigações que articulam a relação da arte, da psique e do teatro aplicados à terapia. 



O discurso deste projeto justapõe conceitos psicológicos e teatrológicos afim de fundamentar a interdisciplinaridade pretendida e fazer-se entender o caráter acadêmico-investigativo deste trabalho, contudo, é válido sublinhar que, ao interligar as duas áreas do conhecimento, alguns dos conceitos ganham movimento, ação e até mesmo vida, como a "Introversão" e a "extroversão", termos importados da Psicologia Análitica, utilizados na teoria de Carl Gustav Jung sobre os "Tipos Psicológicos". Para compreendermos melhor sobre esses mecanismos recorremos à conceituação de Ramos (2005, p.130): "Na Extroversão, as atitudes são orientadas por fatores objetivos, externos, como ideias e conceitos objetivos e pessoas e objetos socialmente valorizados (de dentro pra fora da psique); na Introversão, as atitudes são orientadas por fatores subjetivos, internos, como ideias, conceitos e objetos pessoalmente valorizados (de fora para dentro da psique). Percebemos que ambos são antagônicos entre si, contudo, seu decurso rítmico sugere uma vida harmônica e equilibrada". 

Esse movimento, esse percurso, esse fluxo cíclico busca-se, com esta pesquisa,  denominar como "intrateatro", utilizando-se do potencial contido no teatro, impregnado nele, como mecanismo de acesso e ressignificação de conteúdos inconscientes contidos e impregnados na psique, percebemos uma coadjuvação de "intras".  Assim, o "intrateatro" trata-se do teatro "de dentro", coloca-se à serviço da vida e caracteriza-se pelo movimento orgânico que transforma e promove o auto-conhecimento, o bem-estar corporal e emocional e, por conseguinte, a qualidade de vida. Mister sobrelevar,  que o presente estudo trata-se de uma pesquisa cênica que não suplanta o trabalho atoral, mas dá ao teatro outras finalidades, de sorte que o não-ator faça terapia e teatro e o ator faça teatro e terapia.

Investe-se, portanto, em um caminho consistente de construção de si partindo-se da ferramenta poderosa que é o teatro, por integrar as dimensões mentais, físicas, sociais e espirituais do ser humano, suscitando a experienciação do processo de Individuação desenvolvido por Carl Gustav Jung, pai da Psicologia Analítica, a partir do qual o indivíduo constrói a consciência do EU. Entendemos que o trabalho atoral é imbricado de reverberações internas que garantem a cenicidade, a verdade e a presença cênica, a organicidade, as ações físicas e tantos outros mecanismos que só são despertados partindo de um treinamento interno. 

Barba (1995, p. 55) defende um corpo-em-vida. Este estado vital só possível diante de uma construção que parte do bios-cênico do ator. A verdade está impregnada ali. Barba ainda defende que "É necessário trabalhar na ponte que une as margens físicas e mentais do rio do processo criativo”. Percebemos que não há dicotomização entre o físico e o mental e essa relação é cara para o desdobramento do Intrateatro.  Não obstante, Lazzaratto (2009, p. 28), criador de um dos procedimentos utilizados neste estudo, diz que "O Campo de Visão é um sistema de improvisação que tenta estabelecer, por meio da ação, uma comunhão entre os conceitos techné e psiché; procendimento e método; corpo e alma”. Essa integração aplicada ao movimento de introversão e extroversão é a espinha dorsal deste projeto.  

Trabalharemos com conteúdos auto-briográficos dos experienciantes,  com suas emoções, seus afetos, ainda que, como mediadores, não tenhamos acessos às reverberações, mas o Intrateatro só pode fazer valer seu prefixo (intra) se o teatro penetrar na psique dos participantes, levando-os a dar vasão às situações de suas vidas, às perdas, às negligências, aos fatos marcantes, aos infortúnios, também às conquistas, às alegrias. O caráter auto-biográfico deste trabalho se justifica em estudos contemporâneos do fazer teatral como o Teatro Documentário, dissertado pelo dramaturgo e diretor Marcelo Solér e disseminado também pela atriz e diretora Janaína Leite. O Teatro Documentário é assim chamado porque sua dramaturgia parte de dados não-ficcionais, ou seja, “qualquer tipo de fonte que se configura num testemunho captado ou gravado diretamente da realidade, ou seja, tudo que é dito ou visto que não foi construído pela imaginação de alguém no intuito de criar uma ficção” (SOLÉR, 2008, p. 39). Vale lembrar que não se trata de um trabalho fiel ao documentado, os depoimentos são a fonte de toda uma construção na qual “O autor seleciona, recorta e monta as falas, explicitando vários pontos de vista de um mesmo acontecimento. Compõe-se em cena um retrato em que perspectivas que diferem, e até se opõem, dialogam, convidando o espectador a construir seu próprio ponto de vista” (idem, p. 44). Dessa fonte é que as Cenas Performáticas irão beber. Os participantes do projeto, a partir de seu contato com seus conteúdos internos e situações cotidianas que desejarem expor e sob mediação preparada, poderão construir uma ou mais performances dando vasão e ressignificação aos seus próprios documentos, seu material auto-biográfico. 

No campo da Psicoterapia voltada para o teatro, destacamos Jacob Levy Moreno (1889-1974) fundador do Teatro da Espontaneidade, no qual, ousadamente, convidava o público a criar sua própria história, teatralizando-a de forma espontânea. Moreno sistematizou o que se tornou Psicodrama, cuja aplicação é uma das mais eficientes e criativas no campo da saúde. O Psicodrama parte do princípio de que o acesso aos aspectos conflitantes do sujeito não é invasiva, nesse sentido, “no palco a realidade e a fantasia não estão em conflito, sendo ambas funções pertinentes a uma esfera mais ampla, o mundo psicodramático, onde delírios e alucinações podem ser encarnados (adquirem igualdade de status)” (RAMALHO, 2010, p. 16). A abordagem moreniana utiliza-se de instrumentos teatrais adaptados para o fim terapêutico, como no “Duplo”, no qual um ego-auxiliar desempenha o papel de protagonista no palco ao lado dele; no “Espelho”, o protagonista sai do palco e assume a posição de platéia na representação que um ego-auxiliar faz dele, e; na inversão de papéis, o protagonista inverte papéis com os personagens do enredo psicodramático, contracenando com os egos-auxiliares que tomam seu próprio papel. Claramente, o paciente põe em cheque seus próprios conflitos, ele os expurga, ele os expressa a verbal e não-verbalmente, e a partir do que externa, começa o processo de diálogo com as catarses, por conseguinte os processos de introversão e extroversão, que vamos chamar de Intrateatro.

Objetivos


1. Investigar a relação entre Teatro e Terapia a partir de bases teóricas como a do Psicodrama de Jacob Levy Moreno e do Teatro Terapia de Ney Wendell. 



2. Contextualizar os procedimentos cênicos como Campo de Visão, Ação Sobre o Outro, Treinamento energético e Silêncio Orgânico. 

3. Investigar a funcionalidade dos procedimentos cênicos aplicados à Arteterapia. 

4. Investigar o enquadramento que surge entre os movimentos de introversão e extroversão provocados pelos materiais cênicos (Fala Interna, Substituição, Visualização e Monólogo Inteior).

5. Utilizar a Memória Afetiva como meterial de pulsão e expansão imaginária e corporal. 

6. Investigar mudanças do interno para o externo durante o processo de imersão (Introversão e Extroversão). 

7. Investigar a produção de ação física como um "externalizar das falas internas (Extroversão)".

8. Sistematizar e formalizar a aplicação dos procedimentos cênicos na prática arteterapêutica.

9. Desenvolver e propor um novo procedimento metodológico para a utilização do teatro como terapia.

10. Desenvolver o conceito de “intrateatro” fazendo um paralelo entre o que há de potente dentro do teatro para uma experiência orgânica com o teatro de dentro.

11. Ministrar oficinas e vivências para pesquisa e experimentação da hipótese em ambientes acadêmicos e não acadêmicos, na grande Vitória e em cidades do interior e também em intervenções urbanas e sociais, afim trazer reconhecimento e divulgação ao curso de Artes Cênicas da Universidade de Vila Velha.

12. Fomentar o trabalho com teatro sob a ótica arterapêutica afim de abranger as possibilidades de utilização dessa linguagem na promoção de saúde, bem-estar e qualidade de vida. 

13. Manter reuniões semanais no grupo A Poética Cênica, Seus Dispositivos e Estratégias de Transmissão para desenvolvimento da pesquisa.

14. Tecer as articulações teóricos produzidas em interlocução com o grupo de pesquisa.

15. Tecer articulações teóricas individualmente a partir de leituras e reflexões sobre  a prática.

16. Estabelecer, se necessário, novos conceitos para a descrição da prática.

17. Manter blogs de registro da pratica de cada ator para documentação e testemunho das operações investigadas.
18. Realizar work in progress bimestrais na UVV em função do debate com a comunidade acadêmica.

19. Apresentar um espetáculo de Cenas Performáticas para debate com a comunidade acadêmica. 

20. Filmar todo o processo de construção dos procedimentos para análise das operações. 

21. Escrever um Artigo Científico.

22. Difundir a pesquisa distribuindo material em vídeo em instituições de ensino e saúde. 

Fundamentação Teórica


ARRUDA, R. K. Rejane Arruda é atriz, diretora e professora doutora na Universidade Vila Velha. Ela propõe o trabalho do ator como uma estrutura com três funções articuladas: Incidência, Enquadramento e Vulnerabiliade. Tem desenolvido o conceito de Jogo de Enquadramento, que nos interessa por ajudar a solucionar impasses teóricos que permeam nosso campo, como, por exemplo, a questão da constituição da ação física.



BARBA, E. Eugenio Barba é encenador, pesquisador, fundador do Odin Teatret e da ISTA (International School of Theatre Anthropology). Aplica exercícios para o treinamento cinestésico que interfere diretamente no aproveitamento que o ator pode ter no Campo de Visão e em cena, sendo um treino de pré-encenação. A teoria de Barba no que tange à dilatação imaginária e sua concepção sobre energia nos interessa no resgate da Memória Afetiva e pulsão de materiais autobiográficos essenciais ao acesso de conteúdos inconscientes. 

ESPINOSA, Baruch. Foi um grande representante da filosofia moderna e contrbui para este trabalho com suas pesquisas sobre corpo, potência e afetos, a tríade sobre a qual este trabalho discorre e se ampara. 

FERRACINI, R. Professor doutor na UNICAMP, Renato Ferracini  tem uma vasta produção científica onde problematiza a teoria do ator e os procedimentos para criação e treinamento. Seus escritos nos apresentam um pensamento original no que diz respeito as articulações do teatro do ator com a filosofia, principalmente no que diz respeito a Deleuze. Seu pensamento nos ajuda a afinar o diálogo entre filosofia, psicologia e teatro que se pretende. 

FOUCAULT, Michel. Filósofo francês e historiador das ideias. Suas contribuições são caras para esta pesquisa, porque Foucalt, além de ser conhecido pelas suas críticas às instituições sociais, desenvolveu estudos que também integram a totalidade inerente a este estudo: corpo, potência, afeto, energia, fazendo paralelos às subjetivações e seus diferentes processos. 

GROTOWSKI, J. Jerzy Grotowski é diretor polonês cujo trabalho O Principe Constante, na dácada de 60, serviu para o mundo repensar a questão do que é teatro. Grotowski lançou novas bases para o trabalho do ator, trabalhando com o conceito de montagem e formalizando o que chamou de "ator santo". Ele traz a evidência de uma estrutura quando tensiona o que chama de "baterias psíquicas" com a partiturização física, além do mais, advoga sobre energias arquetípicas, aspectos da anceestralidade e resgate do homem primitivo, por isso nos interessa.
JUNG, Carl Gustav. Carl Gustav Jung foi um dos maiores estudiosos da vida interior do homem e tomou a si mesmo como matéria prima de suas descobertas. Pai da Psicologia Analítica, este ramo do conhecimento psicológico e seu criador são um dos prismas da Arteterapia. Jung desenvolveu um vasto estudo e elaborou diversos conceitos, dentre os quais o processo de Individuação, o recorte sine qua non para os estudos desenvolvidos nesta pesquisa. 

LAZZARATO,M. Marcelo Lazzarato é ator, Diretor e professor doutor em Interpretação Teatral pelo Departamento de Artes Cênicas da Unicamp. Fundou o  Cia. Elevador de Teatro Panorâmico, onde monta espetáculos utilizando o Campo de Visão como exercício e linguagem cênica. Lazzaratto nos ajuda a compreender a função do Campo de Visão na construção da cena e como treinamento para o ator.

MORENO, Jacob Levy. Médico romeno criador do Sociodrama e do Psicodrama, este último é o que nos interessa por se tratar de uma psicoterapia de grupo, em que a representação dramática é usada como núcleo de abordagem e exploração da psique humana e seus vínculos emocionais. O Psicodrama utiliza-se técnicas dramáticas não convencionais no contexto teatral, contudo, é um trabalho primo para o teatro enquanto terapia. 

SOLÉR, Marcelo. Mestre em Artes Cênicas pela Escola de Comunicação e Arte da Universidade de São Paulo (ECA/USP) e contribui ricamente para esta pesquisa com seus estudos íntimos sobre o Teatro Documentário, onde discorre sobre os materiais auto-biográficos como dramaturgia, o que nos interessa no auxílio, conceituação e base teórica e ética a respeito da utilização de dados documentais na elaboração de peças teatrais. 

STANISLAVSKI. C. Constantin Stanislavski foi um ator, diretor, pedagogo e escritor russo durante o século XX.  Ele nos interessa por colocar o ator como eixo da produção cênica, o ator deixando de ser uma marionete do dramaturgo e diretor. Além disso lançou conceitos e princípios (como a ação física, o detalhe imaginativo, o monólogo interior) e, de certa maneira, consolidou uma discursividade sobre o trabalho do ator.

WENDELL, Ney. Pós-doutor em Sociologia pela Université du Québec à Montréal-UQAM e Doutor e Mestre em Artes Cênicas pela UFBA e é responsável por um vasto estudo do Teatro Terapêutico, trazendo bases fundamentais à terapia importando técnicas e fundamentos teatris, promovendo, assim, o diálogo interdisciplinar tão necessário para este trabalho.

Metodologia


Utilizaremos o método empírico de investigação científica. O procedimento metodológico prima por encontros presenciais em interlocação com o Instituto Fênix de Ensino e Psquisa, instituição que se dedica, sobretudo, à Arteterapia.  Pretende-se experimentar os meteriais cênicos Memória Afetiva, Fala Interna, Substituição, Visualização e Monólogo Interior como movimento de Introversão, o voltar-se para si; e os procedimentos Campo de Visão, Ação Sobre o Outro, Treinamento Energético e Silêncio Orgânico como movimento de Extroversão, o expressar-se, assim, desenvolver conceito de “intrateatro” fazendo um paralelo entre o que há de potende dentro da linguagem cênica para uma experiência orgânica dos experienciantes com o teatro de dentro. 



Como representante substancial do teatro, Barba será fundamental  à pesquisa corporal, juntamente com Stanislavski/Kusnet, a partir dos quais os conceitos de fala interna, Monólogo Interior e Memória Afetiva serão gestados em função de algumas operações incendiadas por conteúdos autobiográficos. Para o diálogo com a psicoterapia, tomaremos como base os estudos de Jung, pai da psiclogia analítica e um dos prismas da Arteterapia, e responsável pelo desenvolvimento do processo Individuação, recorte que nos interessa no presente estudo. 

Durante a pesquisa serão apresentadaos work-in-progress na Universidade Vela Velha para o debate com a comunidade acadêmica. Além dos work-in-progress, o espetáculo de Cênicas Performáticas será apresentado na Abertura de Processos de Criação Cênica. Serão também oferecidas oficinas à comunidade local e às cidades do inteior afim de testar os procedimentos e disseminar a nova proposta para o teatro enquanto instrumento terapêutico. 


Produtos Esperados e Abrangência Social do Projeto

O Teatro é crítico, questionador e fenomenológico. Ele interroga, põe em cheque, desafia e irrompe. Propõe-se, portanto, que todos essas afetações avassaladoras sejam destinadas aos cuidados da alma, da psique e do indivíduo em seus paspectos multiângulares, promovendo saúde, prevenção dos psissomáticos e qualidade de vida. Assim, a pesquisa se coloca em função da teoria e prática interdisciplinar entre os campos do saber Teatro e Arteterapia, de sorte que a potência de ambos  esteja à serviço à vida, logo, a aplicação e experimentação desta pesquisa destina-se a todos os públicos, de maneira que o não-ator faça terapia e teatro e o ator faça teatro e terapia. Esta pesquisa chegará à comunidade de 5 formas: a) oficinas de vivência da hipótese em ambientes acadêmicos (UVV e Instituto Fênix) abertos à comunidade; b) oficinas da hipótese em ambientes não-acadêmicos em cidades vizinhas e do interior; c) publicação de um artigo para a difusão de resultados e apropriação, na sociedade, do que foi construído na pesquisa; d) a apresentação do espetáculo de Cenas Performáticas e divulgação dos work-in-progress onde serão mostrados e debatidos os procedimentos e resultados, e; e) distribuição de material audiovisual da pesquisa nas bibliotecas publicas e instituições de saúde. 


Referências Bibliográficas


BARBA, E.; SAVARESE, N. A arte secreta do ator: dicionário de antropologia teatral. São Paulo: HUCITEC, 1995. 


GROTOWISKI, Jerzy. Sobre os métodos da ações físicas. FESTIVAL DE TEATRO DE SANTO ARNAGELO. 1988. Itália. Dsponível em: <http://www.grupotempo.com.br/tex_grot.html>. Acesso em maio/2016.


LAZZARATTO, Marcelo. O Campo de Visão e o corpo-perceptivo. Revista Olhares, da Escola Superior de Artes Célia Helena: UNICAMP, 2009. Disponível em <http://www.celiahelena.com.br/olhares/index.php/olhares/article/view/5> Consultado em junho/2016.

RAMOS, Luís Marcelo Alves: Os tipos psicológicos na psicologia analítica de Carl Gustav Jung e o inventário de personalidade "Myers-Briggs Type Indicator (MBTI)" : contribuições para a psicologia educacional, organizacional e clínica. In: ETD - Educação Temática Digital 7 (2005), 1, pp. 137-180. URN: http://nbn-resolving.de/urn:nbn:de:0168- ssoar-103806.

RAMALHO, Cybele M. R. Psicodrama e dinâmica de grupo. São Paulo, Iglu: 2010. Disponível <http://www.profint.com.br/artigos/Psicodrama_dg.pdf> Acesso em julho/2016).



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